Comércio varejista baiano cresce 8,5 por cento em novembro, aponta SEI
O comércio varejista da Bahia, em novembro de 2012, apresentou expansão de 8,5% nas vendas, em relação a igual mês do ano de 2011. Na comparação entre novembro e outubro de 2012, registrou um decréscimo de 0,4% no volume de vendas. Nas demais comparações, o comércio cresceu 10,3% (janeiro a novembro de 2012) em relação ao mesmo período do ano anterior, e 9,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
O crescimento de 8,5% no volume de vendas na Bahia revela que o comércio continua fortalecido. A facilidade de acesso ao crédito e as baixas taxas de juros, associadas ao comportamento da taxa de desemprego, ajudaram a alavancar as vendas em novembro de 2012. Nesse mês, de acordo com informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança do comércio avançou, atingindo resultado positivo. Entre o mês de outubro e novembro o Indicador Trimestral do Índice de Confiança do Comércio (Icom) passou de 130,6 pontos para 132,8 pontos. No acumulado do ano, comparando-se com a média nacional e as demais unidades da federação, o crescimento do varejo baiano ocupa a décima posição, colocando-se acima da média nacional (8,9%).
Análise de desempenho do varejo por ramo de atividade - Em novembro de 2012, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com novembro de 2011, revelam que sete de um total de oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos: Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (53,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (40,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (17,00%); Tecidos, vestuário e calçados (16,5%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,2%); Móveis e eletrodomésticos (7,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,6%). Para o subgrupo de Super e hipermercados o resultado apurado foi positivo em 11,3%. O segmento de Combustíveis e lubrificantes pelo segundo mês consecutivo apresentou, variação negativa (8,6%).
Com uma taxa de contribuição de 3,82% em novembro, o comportamento das vendas mais uma vez foi influenciado pelo desempenho do segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. A atividade com crescimento mensal de 10,2%, em relação a igual mês de 2011, continua sendo impulsionada pelo aumento do poder de compra da população decorrente da estabilidade do emprego, a despeito da pressão exercida pela elevação dos preços, que, segundo dados do IBGE, apresentou variação de 10%, medido pelo Grupo Alimentação no domicílio do IPCA, considerando a inflação média de 5,5%.
O segundo segmento a influenciar as vendas no mês de novembro foi Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que expandiu as vendas em 40,8%. Esse desempenho é atribuído às condições favoráveis para aquisição de crédito, ao comportamento das massas de salários e às comemorações natalinas, nas quais os consumidores costumam intensificar as compras em lojas de departamentos. A terceira maior contribuição para o varejo baiano decorreu do segmento de Móveis e eletrodomésticos, que registrou a taxa de 7,4% no volume de vendas em relação a novembro de 2011. Esse resultado é atribuído à manutenção do crédito e à redução de preços dos eletroeletrônicos favorecidos pela manutenção da redução do IPI.
Em relação à magnitude da taxa, destaca-se o desempenho da atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que registrou em novembro uma expansão de 53,6% em relação ao mesmo mês de 2011. Esse comportamento pode estar relacionando a elevação da importação de produtos de informática verificada no mês de novembro para a Bahia. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as variações foram de 30,9% e 22,6%, respectivamente.
O segmento de combustíveis e lubrificantes pelo segundo mês consecutivo apresentou em novembro taxa negativa de 8,6% em relação a igual mês do ano passado. O desempenho do segmento é atribuído à alta nos preços da gasolina, verificado nos principais postos de abastecimento da capital baiana.
Comportamento do comércio varejista ampliado - O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em novembro expansão de 10,0% nas vendas, em razão do comportamento dos dois segmentos que compõem o setor do varejo ampliado.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 14,5% em novembro, em relação a igual mês do ano anterior. Nos onze primeiros meses do ano a expansão registrada foi de 14,8% e no acumulado dos últimos 12 meses, 12,9%. A expansão moderada das vendas pode ser atribuída à redução nas vendas de veículos no mês de novembro, considerando a opção dos consumidores em aguardar os novos lançamentos de veículos.
Quanto ao segmento Material de Construção, este apresentou em novembro variação positiva nas vendas de 5,0% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado do ano, a expansão atingiu a taxa de 6,6%, e no acumulado dos últimos 12 meses a variação do volume de vendas foi de 6,4%. O comportamento do setor no mês de novembro é atribuído, segundo ao Banco Central, ao aumento da oferta de crédito para o setor habitacional, além dos incentivos provenientes a redução do IPI.